Palavra de Poesia, a crítica literária por António Carlos Cortez.
“A escrita é um cão a ganir à porta que se abre/ para lhe dar mimos, o agasalha à lareira com/ um osso farto e tanto o escorraça, mesmo se é/ noite e uma carnificina de neve lhe imobiliza/ as mandíbulas.” (p.9). Assim começa este livro de Rosa Alice Branco, colocando a sua poesia sob o signo de certo bestiário (neste caso o cão), naquilo que pode ser lido como uma das mais recentes constantes da poesia portuguesa atual, a saber: a que explora, a partir do simbolismo animal, a partir do que os animais dizem na poesia, os sentidos da própria escrita do poema.”
Entrevista ao Jornal de Letras (Visão)
Texto: António Carlos Cortez
Data: 04-05-2022
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